mercredi 28 janvier 2009

O fazedor de humanos



As lições de um velho mestre incluem algo que deveria ser essencial para todos: a literatura

Renata Miloni


Em tempos que a ficção parece ser contínua apenas para aqueles que querem atingir um único público, o escritor carioca Rodrigo Lacerda publica um romance infanto-juvenil que deveria ser leitura essencial para jovens rabugentos e "adultos" rebeldes tentarem compreender certos valores da vida.

O fazedor de velhos (Cosac Naify, 2008) é o registro de alguns momentos decisivos da vida de Pedro. Desde criança, quando sua mãe obrigava tanto ele quanto sua irmã a fazerem sessões diárias de leitura, até a iniciação teórica da fase adulta. Teórica porque, segundo a "sabedoria popular", uma pessoa começa a se tornar adulta quando descobre o que realmente quer fazer. Por quantas portas essa descoberta pode chegar? E quanto tempo isso demora de fato?

Por seguir uma ordem cronológica natural, o início do livro, narrado pelo próprio protagonista, tende a se assemelhar com a suposta escrita de Pedro naquela época. Apesar de deixar claro que se trata de uma narração sobre o passado, o tom usado pelo autor tem essa pequena falha de se apoderar demais da forma expressiva do personagem na sua adolescência, por exemplo. É um ponto logo controlado e a história segue sobre outras fases, narrada devidamente consciente do momento em que se encontra seu dono.

A narrativa é bastante simples, o autor não tenta ir além do que a história pede, inventar novas estruturas ou seguir outros padrões. É exatamente a simplicidade que dá às palavras no livro todo esse encantamento, que muitos "marmanjos" podem considerar pequeno por falta de costume, presente de maneira mais intensa à medida que a inspiração aumenta.

No último ano do colegial, Pedro se apaixonou por sua melhor amiga, que vivia outras dificuldades amorosas e não era capaz de retribuir os sentimentos dele. Enquanto convivia com essa decepção, foi escolhido como orador da turma na formatura, para a qual estava bastante preparado. Saía-se muito bem até avistar um rapaz desconhecido se sentar ao lado de sua amada e beijá-la. Uma leve tontura atrapalhou um pouco o discurso, que teve de ser diminuído para que aquela humilhação terminasse logo. Assim, a festa perdeu qualquer importância para Pedro, já que não se interessava por nada que acontecesse ali. Foi quando subiu ao palco um antigo professor do colégio, homenageado da festa. Não demorou muito para Pedro perceber que se tratava do mesmo senhor que conheceu dois anos antes numa ocasião desesperadora, considerado o valor que damos a certas situações quando adolescentes.

Aqueles não seriam os únicos encontros que teria com Nabuco, o professor. Já na faculdade de História, Pedro se viu numa crise: será mesmo que fez a escolha certa? Apesar de gostar das matérias, era suficiente para que seguisse a vida baseado nelas? As dúvidas o levaram a pedir ajuda a um de seus professores, que indicou outra pessoa para tentar resolver tamanho impasse, alguém que já tinha feito mais do que isso por ele.


Encontro com Shakespeare

Às vezes, a pressão exercida sobre os jovens em época de vestibular, por todos os "membros da sociedade", pode interferir nas decisões. Pode também passar despercebida, deixando o aluno tranqüilo em relação à sua escolha quando, na verdade, a identificação jamais foi suficiente. Talvez tenha sido o caso de Pedro: sua segurança enfeitou o curso escolhido por um bom tempo.

Um encontro foi marcado e novamente o rapaz não demorou a reconhecer que era ele, Nabuco, quem aparentemente o destino queria que permanecesse em sua vida. A antipatia inicial do professor o incomodou um pouco, mas havia algo ali que não dispersava seu interesse. Para saber se ele deveria ser mesmo historiador, Nabuco lhe pediu uma tarefa com a intenção de entender o estudante como pessoa, não como profissional. "Para saber se realmente é o caso de o senhor abandonar a faculdade e, se for, que nova profissão o faria feliz."

A tarefa escolhida foi ajudar o professor numa pesquisa sobre as frases-chave em três obras de Shakespeare. Aceito o desafio, apesar de não ter vontade de ler algo que não conseguia entender, Pedro foi além do solicitado (mesmo não encontrando qualquer frase-chave) — o que fez com que o professor o convidasse para outra pesquisa, desta vez sobre a natureza humana. É neste ponto que Nabuco passa a ver em Pedro alguém capaz de superar até dores de extrema intensidade para chegar onde quer.

A nova união surgiu, algo que, logo nas primeiras semanas, já era possível suspeitar que se transformaria numa relação entre mestre e discípulo. Mas nada disso teria início se Pedro não fosse alguém capaz de acreditar que algum tipo de salvação, talvez uma inspiração, pode ser encontrado no próximo. E disso nasceu uma belíssima nova etapa da pesquisa. Primeiramente de superação de egos, de ambas as partes, para que, depois de caídas as máscaras, a verdadeira experiência de vida ajudasse o jovem como ele no fundo precisava — o que não impediu, muito pelo contrário, a possibilidade de surgir um novo amor na vida de Pedro enquanto fazia seu trabalho. Terá sido ele um daqueles jovens movidos a decepções amorosas ou alguém que se alimenta de amores idealizados? Ou não?

Qualquer inspiradora resposta é possível encontrar no texto de Rodrigo Lacerda, dentro ou fora das entrelinhas – e de tudo o que deveria motivar as pessoas a entenderem o que a vida pode ser, se fizermos da procura incansável uma aliada da sabedoria.



lundi 19 janvier 2009

A Arte Renascentista

INTRODUÇÃO 

Na medida em que o Renascimento resgata a cultura clássica, greco-romana, as construções foram influenciadas por características antigas, adaptadas à nova realidade moderna, ou seja, a construção de igrejas cristãs adotando-se os padrões clássicos e a construção de palácios e mosteiros seguindo as mesmas bases. 


ARQUITETURA 

Os arquitetos renascentistas perceberam que a origem de construção clássica estava na geometria euclidiana, que usava como base de suas obras o quadrado, aplicando-se a perspectiva, com o intuito de se obter uma construção harmônica. Apesar de racional e antropocêntrica, a arte renascentista continuou cristã, porém as novas igrejas adotaram um novo estilo, caracterizado pela funcionalidade e portanto pela racionalidade, representada pelo plano centralizado, ou a cruz grega. Os palácios também foram construídos de forma plana tendo como base o quadrado, um corpo sólido e normalmente com um pátio central, quadrangular, que tem a função de fazer chegar a luz às janelas internas

"Hospital Tavera" Alonso de Covarrubias -- Toledo, Espanha

"Praça do castelo de Vigiano" Bramante -- Lombardia, Itália

ESCULTURA 

Pode-se dizer que a escultura é a forma de expressão artística que melhor representa o renascimento, no sentido humanista. Utilizando-se da perspectiva e da proporção geométrica, destacam-se as figuras humanas, que até então estavam relegadas a segundo plano, acopladas às paredes ou capitéis. No renascimento a escultura ganha independência e a obra, colocada acima de uma base, pode ser apreciada de todos os ângulos. 
Dois elementos se destacam: a expressão corporal que garante o equilíbrio, revelando uma figura humana de músculos levemente torneados e de proporções perfeitas; e as expressões das figuras, refletindo seus sentimentos. Mesmo contrariando a moral cristã da época, o nu volta a ser utilizado refletindo o naturalismo. 
Encontramos várias obras retratando elementos mitológicos, como o Baco, de Michelangelo, assim como o busto ou as tumbas de mecenas, reis e papas.
"Busto de Lourenço de Médicis" Michelangelo

"Estátua Eqüestre" Donatello -- Piazza do Santo, Pádua
PINTURA 

Duas grandes novidades marcam a pintura renascentista: a utilização da perspectiva, através da qual os artistas conseguem reproduzir em suas obras, espaços reais sobre uma superfície plana, dando a noção de profundidade e de volume, ajudados pelo jogo de cores que permitem destacar na obra os elementos mais importantes e obscurecer os elementos secundários, a variação de cores frias e quentes e o manejo da luz permitem criar distâncias e volumes que parecem ser copiados da realidade; e a utilização da tinta à óleo, que possibilitará a pintura sobre tela com uma qualidade maior, dando maior ênfase à realidade e maior durabilidade às obras.


 
"Adão de Albrecht Dürer, Museu do Prado -- Madri



MONALISA "Monalisa" de Leonardo da Vinci, Museu do Louvre - Paris
Em um período de ascensão da burguesia e de valorização do homem no sentido individualista, surgem os retratos ou mesmo cenas de família, fato que não elimina a produção de caráter religioso, particularmente na Itália. Nos Países Baixos destacou-se a reprodução do natural de rostos, paisagens, fauna e flora, com um cuidado e uma exatidão assombrosos, o que acabou resultando naquilo a que se deu o nome de Janela para a Realidade. 

As obras abaixo são de Antonio Allegri (Corregio) e refletem bem o espírito do renascimento, caracterizadas por elementos que remontam ao passado clássico, elementos religiosos e por grande sensualidade, destacando a perfeição das formas e a beleza do corpo, junto a presença de anjos.


"Danae" Galeria Borghese

"Júpiter e Io" Kunsthistoriches Museum -- Viena

 
"Nossa Senhora da Cesta" national Gallery -- Londres


"Noli me Tangere" Museu do Prado -- Madri

jeudi 8 janvier 2009

Frasi







Meglio stare con diavolo di essere con i farisei
(Bianca Drummond)

Poesie






"Le Poesie sono contenute in questa categoria. Quelle più romantiche, piùemozionanti, ma anche le più famose(come pure quelle anonime e dialettali), sono catalogate per autore e per argomento (vedi sotto!).
Non mancano chicche come gli Haiku o gli acrostici e pagine dedicate agli amanti delle 
filastrocche."
(Pensieri Paroli)

La vita è un tiro alla fune, non importa da che parte stai, la cosa importante è non essere la fune.